Maio 26, 2007 | Por: Bruno Nogueira | Na Seção: Coluna
Aproveitando os recém completados 150 anos da cidade de Caruaru, vale parabenizar o trabalho feito pelas seletivas do festival Pe no Rock. Se já é difícil para as bandas da capital aparecerem num ambiente sem espaços para shows, rádio e agora também sem televisão, para quem está distante do centro das atenções é ainda mais complicado. Por isso, conseguir destacar tantos nomes de Garanhuns, Caruaru, Lajedo e até do Quilombola Castanhinho, já pode ser uma vitória cantada pela produção antes mesmo do evento acontecer.
Mas ainda permanece a crítica sobre as atrações escolhidas para as duas noites do evento. Marcelo Nova faz apenas uma reprise do falecido discurso “voltamos pelo dinheiro”, que ficou cansado no dia seguinte que foi pronunciado por Johnny Rotten, do Sex Pistols. O festival poderia aproveitar para trazer nomes mais honestos, próximos dessa proposta de apresentar novidades na região. Não precisa esticar muito o pescoço para enxergar bons nomes que já fazem história nos estados vizinhos.
Novos espaços
Por falar em rock, bandas e produtores estão conseguindo conquistar, aos poucos, novos espaços na cidade. O Downtown e o UK Pub começam a sair da lista de “point de balada” para figurar nos endereços de quem realmente gosta de música. Resta torcer para que os donos dessas casas saibam valorizar essa ótima mudança.
Shows
Otto, que já está terminando de gravar o novo disco – agora 100% independente, ele comprou um laptop e fez tudo sozinho – se apresenta quinta-feira no projeto MPB Petrobras. Um dia antes, o sempre ótimo guitarrista Big Joe Manfra toca seu blues no UK Pub. Na virada do mês, os lendários The Gladiators voltam ao Recife.