Durante as duas últimas semanas, numa conversa com vários produtores de eventos na cidade, fiz a pergunta sobre porque os shows e festas de pequeno e médio porte andavam tão escassos (alguns com menos de 10 pagantes). As respostas caíram em cima do público. As bandas também concordam que, no Recife, ninguém está mais indo pelo show – pela música – mas pelo social. Por isso, ninguém estava valorizando mais o preço cobrado pelos ingressos.
Os argumentos desenham um cenário meio perturbador. Muitos dos produtores perguntados apontaram o desinteresse em continuar fazendo shows na cidade. Várias bandas locais também sinalizam o desinteresse em se apresentar no Recife. Agora vem o direito de resposta para o público. O canal está aberto para você dizer, afinal, porque decidiu se trancar em casa no fim de semana. É só mandar um email para o endereço no fim desta coluna.
Bastidores
A grande quantidade de políticos e pessoas ligadas ao Governo do Estado no camarote de Palco Pernambuco em São Paulo deixou uma sensação incomoda. Como o evento não divulga quem é seu patrocinador, levantou a questão de quem estava bancando por tudo aquilo.
Protesto
“O Hip Hop não é cúmplice da violência”. A frase abre o protesto do rapper Pirata, do Recife, que está circulando pelos emails na Internet. A preocupação dele é que a grande mídia não comece a associar as ondas de crimes em São Paulo com a música. Fica então o recado.
Com asas
Chega ao Recife este fim de semana o Red Bull Music Academy. O evento internacional serve como encontro de música eletrônica, onde DJs e produtores discutem teoria e prática sobre o assunto em workshops. As atrações são Re:Combo, Chambaril, Isaar e Fred 04. A curadoria é do jornalista Alexandre Matias, de São Paulo.